A Estação de Aquicultura da ALM tem como meta principal o fomento ao desenvolvimento regional da piscicultura, executando projetos de desenvolvimento e transferência de tecnologia em piscicultura e de produção de alevinos para repasse gratuito à produtores e órgãos de pesquisa. Os trabalhos têm sido desenvolvidos com espécies nativas e exóticas já introduzidas na Bacia do Atlântico Sul. Dentre as nativas, estão o jundiá Rhamdia quelen e os peixes-rei de água doce Odontesthes humensis e Odontesthes bonariensis, e como espécie exótica introduzida a carpa capim Ctenopharingodon idella.
A produção destes alevinos acompanha a sazonalidade reprodutiva das diferentes espécies, com o jundiá e a carpa sendo reproduzidos na primavera-verão e os peixes-rei no inverno. A produção de alevinos vem sendo intensificada nos últimos cinco anos, com o aporte de recursos provindos do Ministério da Pesca e recursos próprios da UFPel/ALM, alcançando repasses anuais de cerca de 300 mil alevinos. Estes repasses já atenderam 12 municípios e três Universidades Federais da Região Sul do estado, demonstrando o papel regional que a ALM e a UFPel têm na fronteira Sul. Ainda assim, é importante ressaltar que a estrutura instalada da Estação de Aquicultura da ALM opera abaixo da sua potencialidade, já que há capacidade de produção estimada em cerca de 1 milhão de alevinos/ano.
Com os recursos oriundos do Ministério da Pesca e da própria UFPel/ALM, foram realizadas melhorias significativas do laboratório de psicultura, com destaque na construção de uma cerca que restringiu o acesso de predadores naturais dos peixes, sistema de iluminação externo, e da readequação do sistema de tratamento de efluentes através da construção de um sistema único de condução do efluente dotado de filtro de pedra em “U”, bacia de decantação e campo de macrófitas (wetland). Com estes ajustes estruturais, o laboratório atende as barreiras de biossegurança exigidas à uma estação de aquicultura.
Em outubro de 2019, a ALM e a Cooperativa de Pescadores de Santa Isabel (COOPESI), firmaram um Termo de Cooperação Técnica com o objetivo de realização conjunta de ações para a promoção da cadeia produtiva do peixe na Bacia Hidrográfica Mirim-São Gonçalo. O convênio busca fomentar a qualificação dos cooperados, o monitoramento ambiental e projetos de produção, pesquisa e extensão voltados para o desenvolvimento das atividades que envolvam a piscicultura.
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